The Times Square

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Neste triângulo, compreendido entre a Rua 42, a Sétima Avenida e a Broadway, os habitantes de Nova York têm compartilhado grande parte da história da cidade.

 

Dizem os nova-iorquinos que Manhattan é o centro do universo e a Times Square é a vitrine do mundo.

 

Como nenhum outro ponto em qualquer outra cidade, Times Square foi o retrato de cada uma das diferentes épocas dos últimos 100 anos.

 

Surgiu quando os EUA começavam a se impor como potência político-econômica e foi palco para celebridades instantâneas e estrelas consagradas.

 

No seu asfalto, americanos se desesperaram durante a Grande Depressão e se beijaram ao final das duas guerras mundiais.

 

A região chegou a se tornar um antro de traficantes, viciados e prostitutas, mas, foi revitalizada com investimentos de US$4 bilhões da Prefeitura de Nova York, que lhe trouxe de volta o glamour na virada de página do segundo milênio.

 

Na área em volta da Times Squares estão os edifícios com o metro quadrado mais caro do mundo, gigantescos telões publicitários - entre eles um de oito andares de altura, um recorde mundial - e empreendimentos de algumas das principais empresas de vários países.

 

A Times Square, ao final de 1899, não passava de um terreno descampado, distante das áreas mais habitadas da já efervescente Nova York.

 

Por isso, o empresário Adolph Ochs foi tachado de louco quando escolheu o local, chamado então Long Acre Square, para erguer a sede de seus negócios.

 

Não era a primeira vez que isso acontecia: três anos antes, muitos disseram que Ochs era maluco, quando ele pagou US$75 mil pelo falido jornal The New York Times.

 

Em 1904, Ochs já havia erguido o prédio e o prestígio do jornal e a Long Acre Square, devido ao novo prédio, que os nova-iorquinos passaram a chamar de “The Times”, foi rebatizada para “The Times Square”.

 

Retrato das emoções de cada época, a Times Square resume também o que foi a economia do século.

 

Em 1930, vítimas do crash da Bolsa de Valores de Nova York, no ano anterior, marchavam em suas calçadas. Desempregados, levavam cartazes que revelavam suas profissões e se ofereciam para trabalhar por um salário semanal de US$1.

 

Assim que os efeitos da Grande Depressão se dissiparam, com o New Deal do Presidente Franklin D. Roosevelt, a cartolina dos cartazes deu lugar ao néon.

 

As luzes da sociedade de consumo nunca mais se apagaram. Um espaço na incrível profusão de brilhos e cores passou a ser cotado a preço de ouro pelas empresas donas de algumas das mais populares marcas do planeta.

 

Quando um luminoso da Times Square se apaga, é sinal de problemas. Aconteceu com Joe Camel, o camelo-propaganda da indústria de cigarros, banido do local pela patrulha antitabagista na publicidade.

 

As luzes da Times Square refletem o humor da prosperidade americana e se tornaram foco de investimentos maciços de empresas de vários setores.

 

Nesta primeira década do Terceiro Milênio, já chegou por lá a Disney, que lançou a idéia de revitalização da área e instalou uma de suas grandes lojas onde antes havia centenas de sexshops.

 

Para não deixar a Disney sozinha, a sua rival Warner veio em seguida e plantou o seu Pernalonga quase ao lado, no famoso endereço "One Times Square".

 

Entre as duas, no número 3, a gigante da mídia, Reuters, ergueu um novo prédio e, no térreo, o estúdio de tevê envidraçado, pode ser visto por quem passa na rua.

 

A poucos passos dali, a rede de televisão ABC faz o mesmo há anos.

 

Anda-se um pouco mais e se pode assistir a gravações na MTV, do grupo Viacom.

 

Também está lá a liga de basquete NBA, que instalou um restaurante temático.

 

O músico B.B. King, instalou a sua casa de espetáculos Blues Room.

 

O show business é a vocação natural da Times Square. Berço dos grandes musicais da Broadway, nem mesmo nos anos mais difíceis seus teatros deixaram de atrair multidões.

 

Em 1929, com quebradeira e tudo, 264 peças foram apresentadas em 76 teatros no seu entorno.

 

A média de pagantes nos teatros da Broadway, é cerca de 11,6 milhões de pessoas por ano, que deixam para o show business cerca de  US$588 milhões nas bilheterias dos espetáculos.

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