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Mostrando postagens de abril, 2010

BELO MONTE E A NECESSÁRIA AUTOCRÍTICA NACIONAL

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Artigo de Afonso Arinos, advogado paraense, sobre Belo Monte:   BELO MONTE E A NECESSÁRIA AUTOCRÍTICA NACIONAL   Nesta semana, a participação do famoso cineasta JAMES CAMERON em manifestações públicas contrárias à construção da Hidrelétrica de Belo Monte gerou manifestações apaixonadas, e na grande maioria contrárias por entender ser uma ingerência externa e sem conhecimento da realidade e interesse amazônida e nacional.   Entendo que a “QUESTÃO BELO MONTE” representa muito mais que a conflituosa relação entre proteção do ecossistema amazônico e desenvolvimento econômico (nacional e regional), se constituindo como um fato que expõe claramente a debilidade do espírito republicano e o nosso fracasso em promover um projeto de nação.   Recentemente ouvi de uma pessoa com muita experiência política, que havia dois tipos de pessoas no Brasil: aqueles que estão se beneficiando do poder e aqueles que estão querendo se beneficiar deste poder, e que as manifestaç

Quando a vida imita a arte.

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Abaixo um artigo de Marcelo Bulhões, de Castanhal-PA, sobre Belo Monte:   Avatar e Belo Monte: Uma reflexão da saga do Povo do Céu .   Muita gente que eu conheço ficou indignada com a manifestação do diretor de Avatar, James Cameron, contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Eu até entendo as razões da indignação. Mas, Cameron fez o que muitos daqueles que são contra a usina deveriam fazer e são indiferentes.   Assistindo ao filme dos seres azuis, dirigido por Cameron, foi impossível não fazer uma reflexão da ficção com a história que vivenciam hoje os índios da região do projeto da barragem.   No filme um povo que domina a tecnologia (chamado de Povo do Céu) quer explorar a natureza para extrair um mineral com altíssimo valor de mercado. A jazidaestá bem em baixo de uma frondosa árvore que serve de morada para o povo da floresta. Impossível não lembrar dos índios Caiapós e até mesmo da Serra de Carajás nesse momento.   Uma frase

Belo Monte de equívocos

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Publicado no jornal “Folha de São Paulo”, de autoria de Célio Bermann, professor do curso de pós-graduação em Energia do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo e com vários livros publicados sobre energia no Brasil. A insistência do governo de levar adiante o projeto de Belo Monte mostra que a lógica técnica e econômica cedeu o lugar à obsessão.   Com graves consequências que não se restringem às populações indígenas e comunidades ribeirinhas do rio Xingu. Elas serão também sentidas nos bolsos de todos nós, consumidores de eletricidade. O espectro do "apagão" parece ser a única justificativa para a construção dessa usina. Entretanto, ela também aponta o modelo de desenvolvimento que se quer dar à região amazônica e ao nosso país. A energia a ser produzida pela usina não será utilizada para aliviar a pobreza e incorporar uma parcela da população que sempre esteve excluída das benesses do consumo. Ela será destinada a satisfaze