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Mostrando postagens de março, 2012

A professora Raimundinha

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Maria Raimunda de Araújo Tavares , nasceu em 26 de junho de 1926 em Alenquer-PA, onde foi professora do Grupo Escolar Fulgêncio Simões e do Instituto Amazônia. Casou-se com Balthazar Valente Tavares, que tendo que acompanhá-lo a serviço mudou para Tucuruí em janeiro de 1962 com quatro filhos: Robinson, Ruy, Ruth, Regina e gestante da quinta filha Renê, nascida já nesta cidade. A professora Raimundinha, como era conhecida em Tucuruí, dedicou a sua vida à educação no município, exercendo as funções abaixo: 01. Foi professora da Escola Estadual Frei Gil de Vila Nova. 02. Professora e Chefe de Serviço Escolar, da Escola Dr. Archimedes Pereira Lima, mantida pela Estrada de Ferro Tocantins – Ministério dos Transportes. 03. Foi a 1ª coordenadora do Projeto Minerva em Tucuruí. 04. Em 1970, exerceu um papel fundamental para instalação do Curso Ginasial de Tucuruí. 05. Foi Diretora do ginásio Francisco Assis Rios. 06. Em 1979, criou o Setor de Educação do Município, na gestão d

A compensação pelo uso das águas

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Autor: Ismael Moraes - advogado Ao uso dos recursos hídricos (ou das águas, termo quase sentimental) deve corresponder uma compensação financeira ou a participação no resultado, a ser prestada ao Poder Público por quem o utiliza (CF, art. 20, §1º). A Lei Federal nº 6.839/81 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente) teve, dentre muitas disposições, recepcionado pela Constituição Federal de 1988 o seu art. 4º, inciso VII, que prevê a retribuição por meio de pagamento (em princípio pecuniário) pelo poluidor pagador e pelo usuário pagador. Em diversas ocasiões no ano passado demonstrei ao vice-governador Helenilson Pontes que o Estado pode ser reparado pelos desajustes sócio-ambientais que a grande quantidade de empreendimentos no setor primário causa. Insisti que podemos utilizar as duas figuras indenizatórias: a do poluidor pagador e a do usuário pagador. Ouvi como resposta que era difícil fazer a cobrança diante do grande esforço necessário para obter dados. Resignação inacred

Anistia de mão dupla foi o preço da volta à democracia

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Entrevista concedida por Miguel Reali Junior ao jornalista Roldão Arruda, publicada no “Estado de S. Paulo” em 18.03.2012. Como o sr. vê o texto da denúncia contra o major Curió, acusado de crimes na guerrilha do Araguaia? O documento é importante do ponto de vista histórico, porque faz um relato preciso das circunstâncias das prisões e narra com detalhes o que aconteceu. Sob o aspecto jurídico, porém, o valor é nulo. Por que o sr. destaca o valor histórico da denúncia? Fui presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos por um período de cinco anos. No trabalho à frente dessa comissão, criada pela Lei 9.140 de 1995, foi extremamente chocante ouvir os relatos sobre os desaparecidos, especialmente os casos dos torturados nas delegacias, nos porões da ditadura. Por isso considero importante essa denúncia. E por que não vê valor jurídico no documento? A Lei 9.140, que criou a comissão, estabelece em seu primeiro artigo que se reconhece, para todos os efeitos legais, a morte

Cidade Prevista

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Guardei-me para a epopeia que jamais escreverei. Poetas de Minas Gerais e bardos do Alto-Araguaia, vagos cantores tupis, recolhei meu pobre acervo, alongai meu sentimento. O que eu escrevi não conta. O que desejei é tudo. Retomai minhas palavras, meus bens, minha inquietação, fazei o canto ardoroso, cheio de antigo mistério mas límpido e resplendente. Cantai esse verso puro, que se ouvirá no Amazonas, na choça do sertanejo e no subúrbio carioca, no mato, na vila X, no colégio, na oficina, território de homens livres que será nosso país e será pátria de todos. Irmãos, cantai esse mundo que não verei, mas virá um dia, dentro em mil anos, talvez mais... não tenho pressa. Um mundo enfim ordenado, uma pátria sem fronteiras, sem leis e regulamentos, uma terra sem bandeiras, sem igrejas nem quartéis, sem dor, sem febre, sem ouro, um jeito só de viver, mas nesse jeito a variedade, a multiplici